Concursos Federais: ministra estuda realizar provas unificadas

Proposta de unificar os concursos federais, oferecendo provas em mais de 180 cidades em todas as regiões do país, será discutida com os órgãos, ministérios e autarquias. Entenda!

  • Por Yuri Salso
  • Publicado em: 25/08/2023 12:08
 Concursos Federais: ministra estuda realizar provas unificadas Proposta para aplicar provas de concursos federais de maneira unificada será analisada

A ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, informou que está sendo estudada a ideia de unificar os concurso federais, visando promover a aplicação das provas em todo o território nacional. O objetivo seria democratizar o acesso ao serviço público, com provas em 180 cidades por todas as regiões do país.

Em entrevista à coluna da Mônica Bergamo, no jornal Folha de São Paulo, a ministra disse que a ideia da "prova unificada" começará a ser apresentada nesta sexta-feira, 25, aos possíveis órgãos interessados.

"Estamos trabalhando para unificar os concursos autorizados, oferecendo provas em mais de 180 cidades em todas as regiões do país. Uma forma de democratização do acesso, construindo um serviço público mais diverso e representativo da sociedade brasileira", afirmou Esther nas redes sociais.

Apesar de a proposta não ter sido definida, alguns órgãos já demonstraram interesse neste modelo de aplicação de provas. O governo espera consultar todos os órgãos com o objetivo de receber críticas e sugestões quanto à viabilidade desta proposta.

"O modelo ainda não está fechado, mas já temos muitos pontos pensados para apresentar. Amanhã [sexta-feira] ainda é um dia de escuta. Existe um grupo do governo muito empenhado em fazer isso", disse em entrevista à colunista.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o secretário de Gestão de Pessoal, José Celso Cardoso Jr deu mais detalhes sobre essa iniciativa. CLIQUE E CONFIRA!

Enem dos concursos? Confira mais detalhes sobre a proposta

A ministra Esther Dweck afirmou que a proposta da "prova unificada" surgiu da experiência adquirida com a realização do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Ou seja, seria aplicada uma avaliação com questões de Conhecimentos Gerais e Específicos, de acordo com as áreas escolhidas pelos candidatos.

Um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de caráter provisório, elencou que o ideal seria um concurso com provas em 180 cidades, sendo a maior parte concentrada nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte.

Embora o governo esteja consultando os órgãos interessados, essa proposta de "prova unificada" não deve impactar os concursos federais já autorizados. Isso porque a maioria dos ministérios, empresas e autarquias, que tiveram concursos autorizados, já estão com preparativos bem avançados.

OUÇA TAMBÉM:
Central do Concurseiro: saiba como estudar para as matérias básicas
Central do Concurseiro | A Constituição e o servidor público: direitos, limites e garantias

Concursos federais: mais de 8 mil vagas autorizadas

No último dia 18 de julho, durante coletiva de imprensa em Brasília, a ministra Esther Dweck anunciou a autorização de mais 2.480 vagas em concursos públicos, além de provimento de outras 546 vagas em certames já realizados.

Alguns os órgãos e ministérios que receberam autorização para abrir concursos foram os seguintes:

  • ANA – 40 vagas;
  • Anac – 70 vagas;
  • Anatel – 50 vagas;
  • Aneel – 40 vagas;
  • ANS – 35 vagas;
  • Antaq – 30 vagas;
  • ANTT – 50 vagas;
  • Anvisa – 50 vagas;
  • Banco Central – 100 vagas;
  • CVM – 60 vagas;
  • IBGE – 895 vagas;
  • Ipea – 80 vagas;
  • MDCI (analista de controle externo) – 50 vagas;
  • Ministério da Fazenda (auditor-fiscal federal de controle) – 40 vagas;
  • Ministério da Gestão (Analista de políticas sociais) – 500 vagas;
  • Ministério da Gestão (Analista de políticas públicas e gestão governamental) – 150 vagas
  • Ministério da Justiça e Segurança – 100 vagas;
  • Ministério do Planejamento e Orçamento (Analista de planejamento e orçamento) – 100 vagas;
  • Previc - 40 vagas.

Já o provimento de 546 vagas, em concursos realizados, abrange os seguintes órgãos:

  • ICMBio – 160 vagas;
  • Ibama – 257 vagas;
  • Iphan – 102 vagas;
  • ANM – 27 vagas.

Desse total de concursos anunciados, alguns já tiveram as autorizações publicadas no Diário Oficial da União, no último dia 19 de julho. As publicações trazem não só a distribuição das vagas pelos órgãos como, também, o quantitativo por cargo.

As autorizações indicam que os editais precisam ser divulgados em um prazo de até seis meses, ou seja, até o dia 19 de janeiro de 2024.

VEJA PORTARIAS QUE AUTORIZAM VÁRIOS CONCURSOS FEDERAIS

Veja a seguir a distribuição das vagas por órgão e cargos:

Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)

  • Especialista em regulação de recursos hídricos e saneamento básico (nível superior) – 40 vagas;

Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)

  • Especialista em regulação de serviços de transportes aquaviários (nível superior) – 30 vagas;

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

  • Especialista em regulação de serviços públicos de energia (nível superior) – 40 vagas;

Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

  • Especialista em regulação de serviços de transportes terrestres (nível superior) – 50 vagas;

Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

  • Especialista em regulação de saúde suplementar (nível superior) – 35 vagas;

Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)

  • Especialista em regulação em aviação civil (nível superior) – 70 vagas.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

  • Técnico em informações geográficas e estatísticas (nível médio) – 300 vagas;
  • Pesquisador em informações geográficas e estatísticas (nível superior) – oito vagas;
  • Tecnologista em informações geográficas e estatísticas (nível superior) – 312 vagas;
  • Analista de planejamento, gestão e infraestrutura em informações geográficas e estatísticas (nível superior) – 375 vagas;

Comissão de Valores Mobiliário (CVM)

  • Analista (nível superior) – 40 vagas;
  • Inspetor (nível superior) – 30 vagas;

Banco Central (Bacen)

  • Analista (nível superior) – 100 vagas;

Ministério da Fazenda

  • Auditor federal de finanças e controle (nível superior) – 40 vagas;

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic)

  • Analista de comércio exterior (nível superior) – 50 vagas;

Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)

  • Especialista em políticas públicas e gestão governamental (nível superior) – 150 vagas;

Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)

  • Analista técnico administrativo (nível superior) – 100 vagas;

Diversos ministérios

Ministério da Educação (MEC)

  • Analista técnico de políticas sociais (nível superior) – 70 vagas;

Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)

  • Analista técnico de políticas sociais (nível superior) – 30 vagas;

Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC)

  • Analista técnico de políticas sociais (nível superior) – 40 vagas;

 Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)

  • Analista técnico de políticas sociais (nível superior) – 360 vagas;

Já para provimento, o MGI liberou 102 vagas no Instituto do Patrimônio e Artístico Nacional.  

Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

  • Auxiliar institucional I (nível médio) – 32 vagas;
  • Técnico I – (nível superior) – 44 vagas;
  • Analista I (nível superior) – 26 vagas.

Vale lembrar que, em junho, a ministra Esther Dweck anunciou um pacote de concursos para 4.436 vagas, distribuídas da seguinte forma:

  • Ministério do Trabalho: 900 vagas para auditor-fiscal do trabalho;
  • Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: agente de atividades agropecuárias (100 vagas autorizadas); agente de inspeção (100); auditor-fiscal (200); e (técnico de laboratório (40);
  • Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet): analista em ciência e tecnologia (40) e tecnologista (40);
  • Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra): analista administrativo (137 vagas); analista em reforma e desenvolvimento (446); e engenheiro agrônomo (159);
  • Ministério da Educação: técnico em assuntos educacionais (220 vagas);
  • Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP): Pesquisador-Tecnologista em Informações e Avaliações Educacionais (50 vagas);
  • Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes): analista em ciência e tecnologia (50 vagas);
  • Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE): especialista em financiamento (100 vagas);
  • Ministério das Relações Exteriores (MRE): oficial de chancelaria (50 vagas em concurso + 50 em cadastro de reserva);
  • Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI): analista (40 vagas); pesquisador (40); e tecnologista (40);
  • Inmetro: analista executivo (40 vagas) e pesquisador (60).
  • Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit): analista administrativo (50 vagas); e analista em infraestrutura (50);
  • Agência Nacional de Mineração (provimento adicional): especialista em recursos minerais (24 vagas);
  • Ministério de Minas e Energia (MME)/ Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE): administrador (30 vagas);
  • Carreiras Transversais: 600 vagas para analista de infraestrutura (300 vagas e analista em tecnologia (300 vagas);
  • CNPQ: analista em ciência e tecnologia (50 vagas);
  • Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam): analista em ciência e tecnologia (50 vagas);
  • Ministério da Saúde - CPST e C&T: tecnologista (220 vagas);
  • Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): analista de gestão em saúde (100 vagas); pesquisador em saúde pública (100); e tecnologista em saúde pública (100).

Em abril, o governo já tinha autorizado concurso para 814 vagas no Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) e, em maio, para 502 vagas na Fundação Nacional do índio (Funai).

Compartilhe

PREPARE-SE COM QUEM MAIS APROVA NOS CONCURSOS DO BRASIL!